Porque é que algumas experiências marcam para sempre, enquanto outras se perdem na memória?

Inspiração
23/09/2024

No livro Made to Stick, os irmãos Chip e Dan Heath explicam como algumas ideias se tornam poderosas e inesquecíveis e codificaram este processo através de um modelo que designam por SUCCESs — Simple, Unexpected, Concrete, Credible, Emotional e Stories — para mostrar os elementos essenciais que fazem uma ideia “stick”, ou seja, marcar profundamente.

Na Immersis, aplicamos essa estrutura no processo criativo das nossas experiências. O nosso propósito é que as mesmas deixem um impacto duradouro nos participantes e que propiciem uma mudança comportamental ou de mindset.

Simplicidade não significa falta de profundidade. Para nós, significa extrair o essencial e apresentá-lo de forma clara e poderosa (os irmãos Heath falam no termo “core”). Cada uma das nossas experiências tem um objetivo central claro que os participantes devem alcançar, mesmo quando os desafios são complexos.

Por exemplo, em “Blind Driving”, o conceito é simples: o participante orienta uma pessoa cega que conduz um carro. Contudo, por trás dessa simplicidade, está um desafio profundo de liderança, comunicação eficaz e confiança mútua. Esta clareza de propósito permite que as lições se fixem e sejam aplicadas de forma eficaz no dia a dia das empresas, seja na tomada de decisões ou na comunicação entre equipas.

A surpresa é uma ferramenta poderosa, pois tem o potencial de abrir a mente dos participantes e desafiar as suas percepções. Na Immersis, usamos momentos de surpresa para alterar expectativas e criar “rug-pull moments” — momentos de viragem inesperados que deixam uma impressão duradoura.

Nos Alternate Reality Games (ARGs), por exemplo, criamos uma narrativa paralela à realidade do quotidiano dos participantes, onde o inesperado se torna uma constante. Esses jogos desenrolam-se no mundo real e, em determinados momentos, introduzimos reviravoltas que levam os participantes a agir de formas que nunca imaginaram, como ter de abandonar um autocarro “avariado” ou ajudar a vender um apartamento a um “estrangeiro”.

Estas reviravoltas inesperadas forçam os participantes a abandonar a sua zona de conforto, a pensar criativamente e a colaborar sob pressão, garantindo que as lições aprendidas se traduzem em melhorias no local de trabalho.

Ser concreto e específico é um pilar central das nossas experiências imersivas. Tornar uma ideia tangível e experienciá-la fisicamente faz com que os participantes compreendam e internalizem os conceitos de forma mais eficaz. No nosso programa “Remar Contra a Maré”, os participantes deslocam-se para um clube de remo, onde aprendem as técnicas e a coordenação necessárias para remar em equipa.

Depois de se prepararem, vão para o rio, onde enfrentam um percurso exigente que só pode ser concluído com uma articulação perfeita entre todos. Esta experiência concretiza de forma física o que significa trabalhar em equipa — o ritmo, a comunicação e a confiança são essenciais para avançar. Esta concretização faz com que as lições aprendidas fiquem gravadas na memória e sejam facilmente transferíveis para o ambiente de trabalho.

A credibilidade é vital para que uma experiência ou ideia seja “sticky”. Na Immersis, acreditamos que a credibilidade não vem apenas de factos ou estatísticas, mas de experiências vividas que mostram, na prática, a sua validade. As nossas experiências são desenhadas para proporcionar momentos em que as equipas percebem diretamente os resultados das suas ações.

Na experiência “Defusing V-Bombs”, as equipas têm de desativar bombas virtuais, e só conseguem ter sucesso se forem eficientes na comunicação sob pressão. Cada erro tem uma consequência imediata — a bomba explode. Esta consequência imediata dá uma credibilidade inquestionável à lição sobre comunicação e resiliência.

Sabemos que a emoção é um dos elementos mais fortes para criar memórias duradouras. Na Immersis, desenhamos experiências que tocam o lado emocional dos participantes e criam ligações profundas, tanto entre eles como com a própria experiência.

No “A Experiência Conta”, os participantes vivenciam a emoção de ajudar pessoas idosas a compreenderem novas tecnologias que podem salvar vidas. O contacto humano e a empatia gerada nesta atividade criam momentos emocionantes que ficam para sempre com os participantes. São experiências carregadas de significado que mudam a forma como veem o impacto da tecnologia na sociedade e que criam uma ligação profunda com os valores da experiência, fazendo com que as lições perdurem muito além do evento.

As histórias não apenas envolvem, mas também ajudam a dar sentido às experiências. Na Immersis, usamos a narrativa como uma ferramenta para fomentar a criatividade e a inovação. Na experiência “Moonshot”, as equipas são transportadas para um cenário em que têm de trabalhar em colaboração com uma figura de destaque, como um astrofísico, numa missão imaginária para a NASA.

Esta narrativa inspiradora coloca as equipas no centro de uma missão inovadora que incentiva o pensamento criativo e a resolução de problemas. Ao integrar uma história envolvente, conectamos as competências necessárias — criatividade, colaboração e inovação — a um contexto de impacto real, que pode ser levado de volta para o ambiente de trabalho.

Cada um dos elementos do modelo SUCCESs tem de fazer parte da nossa “oferta”. As nossas experiências vão para além de simples exercícios de team building; são momentos de transformação pessoal e profissional, onde o impacto é real e duradouro e que as empresas valorizam cada vez mais.
Se a sua equipa precisa de mais do que uma experiência, precisa de um momento de transformação… Desafie-nos a criar essa mudança!

Fonte: Heath, C., & Heath, D. (2007). Made to Stick: Why Some Ideas Survive and Others Die. New York: Random House.

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