Moonshot Thinking

Geral
02/08/2019

Moonshot Thinking

Em 1961, o Mundo parou para ouvir o presidente americano John F. Kennedy discursar sobre a missão de levar o homem à lua. No início da década, a corrida entre os americanos e os soviéticos estava mais acesa do que nunca… Era importante para o líder consolidar a promessa do “american dream” e inspirar as suas pessoas a sonhar e ambicionar o que parecia impossível. Nessa altura, a NASA tinha delineado múltiplas metas a atingir, através de uma lista de objetivos variada e dispersa. O discurso de JFK veio dar um novo foco, uma visão mais clara à agência espacial norte-americana… E começou a preparar-se o “moonshot”.

Recentemente, algumas empresas têm-se inspirado nesta história, adotando a filosofia de “moonshot thinking” para inovar ou colocar em causa fundamentos, formas de trabalhar e modelos de abordagem ao mercado. Fazem-no porque na realidade atual do trabalho e do mundo corporativo, o espaço para diferenciar e ser relevante passa por trazer disrupção para a equação.

As empresas que têm mais sucesso são aquelas que resolvem os grandes problemas, ou que introduzem processos inovadores para a forma como fazemos ou consumimos bens e serviços. São exemplos como a Uber, o Spotify e o Airbnb que conseguiram impactar o nosso quotidiano alterando e facilitando os processos, trazendo para a equação algo que muda o modus operandi, melhorando-o, “disruptando-o”.

A curto-prazo, múltiplas indústrias serão também marcadas pela disrupção de forma incontornável. Por isso, devem ser fomentadas competências que permitam identificar problemas que podem ser resolvidos ou simplificados, assim como a capacidade de assumir todos os desafios que isso traz. Isto é especialmente verdade nas empresas grandes e ambiciosas, pois apesar de serem aquelas onde a inovação é mais difícil, são as melhor posicionadas para resolver de forma mais brilhante as missões do futuro.

Numa primeira abordagem parece complexo, mas o primeiro passo não é mais do que uma mudança de mentalidade. Precisamos que as organizações e as suas pessoas estejam dispostas a apontar para as estrelas e preparadas para pensar 10X e não 10%. Apenas fomentando este mindset e criando as condições para tal, as empresas conseguirão aumentar a probabilidade de prosperarem (e não apenas sobreviverem) no futuro.

Pensar e fazer diferente implica um processo transformacional com aquisição de conhecimento novos. Nesse sentido, o papel da aprendizagem ativa ganha especial pertinência, em que viver em primeira mão uma experiência de crescimento exponencial permite capacitar as pessoas com esta nova perspetiva.

Este tipo de experiências fornece inspiração baseada em organizações que já utilizam este tipo de pensamento e fornecem um framework que permite a sua aplicação a diversos desafios corporativos, consolidando a mudança de mindset necessário para que haja uma transferência efetiva para o dia-a-dia.

Quando JFK reforça o statement do seu discurso como a missão prioritária (levar o homem à lua até ao final da década), os cientistas não tinham qualquer ideia de como iriam fazer algo tão irrealista acontecer. Adicionalmente, não tinham, nem de perto nem de longe, à sua disposição os recursos que temos hoje. Perante todas estas adversidades, o que fizeram foi gerar ideias corajosas e audazes e desenvolver a tecnologia necessária para cumprir a missão que lhes tinha sido atribuída, ultrapassando com sucesso o desafio em 1969.

Depois do sucesso da missão Apolo 11 ficou para a história o “we choose to go to the moon”, enfatizando o papel das escolhas que fazemos, os desafios que nos propomos abraçar e até onde queremos chegar. Fica a sugestão de reflexão… O que é que a sua organização está a fazer para alavancar os sonhos e missões e se manter relevante? Numa perspetiva mais individual, o que está a fazer para fomentar o “moonshot thinking” na sua empresa?

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